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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013


ENTRANDO NA DO "CANO" 

OU SÁBIOS ANCIÃOS




Ontem, passando em frente a um centro universitário, deparei-me com dezenas de jovens embriagados. Havia ocorrido, desde a hora do almoço, uma recepção de calouros, daquelas que nunca terminam. Então era início de noite e, num bairro nobre de Belo Horizonte, rapazes e moças ainda falavam insanidades, beijavam-se e deixavam no solo diversas poças de vômito. Refleti: “Esses jovens não sabem nada da vida”.

Por sinal, os únicos que detêm a real sapiência sobre a vida – eu seguia matutando – são os velhos. Passamos quase a vida toda sem saber nada da vida, e não nos damos conta disso. Mas felizmente o melhor está por vir: todos seremos um dia velhos e sábios! Exceto, claro, aqueles que morrerem antes de chegar lá.

Tenho uma filha de seis anos de idade que não sabe nada de nada. Ela seleciona alguns pretendentes a namoradinho - já teve até um tal de "Lelê" ( VIDE VÍDEO NA BARRA DE VÍDEO), seu primeiro namorado imaginário -  mas anda enfrentando certas barreiras da paixão: “Gosto do Gabriel, mas ele não serve para namorar... colore tudo rabiscado!”. Rebecca é, pois, ingênua. Tem medo de ficar sozinha em casa, acredita na existência do Papai Noel( MESMO SABENDO QUE O TIO ANAIR SE VESTE DE PAPAI NOEL DOS NATAIS EM SHOPPINGS EM BH), não consegue compreender por que chicletes e guloseimas em excesso fazem mal à saúde. Definitivamente, não tem ciência alguma das coisas.

Já os adolescentes pensam que conhecem da vida. Mas, para esses "aborrecentes", piercings, penteados escrotos ou notas altas no simulado do pré-vestibular constituem importante capital social. Adolescentes choram por amores que duram uma semana, xingam a própria mãe, não vive sem o seu celular e muito menos sem o seu computador. Apesar dos pesares, é uma fase linda e ao mesmo tempo a idade mais burra, que felizmente dura pouco.

Então chega a juventude, outra época de que a inteligência passa longe. Jovens se alcoolizam, ficam fora de si e são facilmente roubados por ladrões jovens. Estes últimos são também imbecis: cometem crimes e perdem a juventude atrás das grades. Jovens são realmente idiotas, pois engravidam as namoradas, sem um mínimo de maturidade. Jovens tomam anabolizantes. Há jovens tão tolos que se suicidam!...
Bem, tenho um filho de vinte e sete anos que não se enquadra mais entre os jovens. É, portanto, um homem feito! Com barba na cara, emprego fixo e alguns fios de cabelo branco. Contudo, ele admite que também se acomete à absoluta falta de juízo. Não sabe se casa, se compra um tênis novo ou mais uma camisa da seleção de outros países  ou um carro ou um ap. Num dia se angustia por ser demasiadamente boêmio. Noutro, está insatisfeito porque necessita aproveitar mais as delícias da vida.  Às vezes se vê como um incapaz.

Hoje encontro-me com o dobro da idade dele. Dizem que sou um "coroa" e continuo sendo um perfeito estúpido. Afinal, os coroas também não sabem nada da vida. Destroem a própria saúde para se encher de dinheiro; depois gastam fortunas em tratamentos de saúde. Há coroas que perdem a família por causa de uma gostosa com idade para ser sua neta. Há coroas envolvidos no suposto esquema do Mensalão. Há solteironas coroas e encalhadas. Há inúmeras outras traídas e/ou infelizes.

Por isso eu digo: quem sabe das coisas, de verdade, são somente os anciãos! Ah, esses sim, podem dizer que são sábios, sabidos, experientes... A minha única vantagem é ter já passado por todas as fases anteriores e estar quaaaaaaaaaase chegando na fase daqueles que sabem ...
Eu não sei dizer do que eles sabem... só sei que os velhos é que sabem das coisas!

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

REACENDENDO O ESTOPIM

Diante do que tenho observado e vivido, por ser um profissional da educação pública, começo a ter a ligeira impressão de ter visto este filme antes. Um filme protagonizado por educadores, administradores da coisa pública e um sindicato. Aquele filme em que todos esperam um final feliz, onde o final se subdivide em outros capítulos infindáveis...

Digo isso porque o governo federal editou aquela lei do piso nacional do magistério em 2008 e desde então, todo mês de janeiro o citado piso salarial é reajustado e, pelo fato de a nossa prefeitura não ter recursos para o pagamento do mesmo, também pelo fato de ninguém ter feito nada para buscar tais recursos, o máximo que os administradores de nossa prefeitura tem feito é pagar o piso salarial para uns gatos pingados, que não passam de cinco professores, num universo de aproximadamente 500.

Bem, de acordo com o andar da carruagem, dentro em breve, o salário de um professor inabilitado -R$ 1.451,00 ( R$ 1.567,00, a partir de janeiro) se igualará ao dos habilitados (R$ 1.899,00). Haja visto que antes da lei, na prefeitura, o salário de um professor habilitado era de aproximadamente 120% sobre o salário do inabilitado. Atualmente, esta diferença é de aproximadamente 21%. Sendo assim, definitivamente, acontecerá a extinção desta classe acadêmica, já que "qualquer um" poderá assumir o lugar do professor. 

Diante do exposto acima, ao se aproximar mais uma data-base, os ânimos começam a se acirrar, pois sabe-se que o "choro" agora é maior, uma vez que a atual administração está atolada em dívidas. Por outro lado, sabe-se também que  O governo deve aumentar em R$ 14,2 bilhões o repasse de dinheiro do Fundeb para estados e municípios neste ano. Em 2012, foram R$ 102,6 bilhões e a estimativa para 2013 é de R$ 116,8 bilhões. Apenas para os municípios, o MEC deve repassar neste ano R$ 63,8 bilhões do Fundeb, valor que representa R$ 8,9 bilhões a mais que o de 2012, quando a União enviou R$ 54,9 bilhões para as prefeituras. ( Fonte: O Planalto)

No atual momento, mais que transparência e diálogo, espera-se ATITUDE da atual administração na busca de recursos para tal empreitada. Enquanto isto não tornar realidade, travar-se-á mais uma luta inglória, talvez, no tapetão dos tribunais; na tentativa de resgatar pelo menos a nossa dignidade: salários dignos!

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013


VIOLÊNCIA X MAIORIDADE PENAL
Não há semana que as cidades não contam os seus mortos pela violência. É triste, chocante para uma família chorar os seus entes assassinados. Em nosso país há uma crônica macabra: em cada dez pessoas mortas, sete são jovens entre dezoito e trinta anos. Não podemos nos acostumar com esse registro feito pela mídia.
A violência é a maior causadora de todas as mazelas do mundo. Ela nos faz incapazes, direta ou indiretamente. Querendo ou não, estamos de braços dados com ela. Procuramos encontrar culpados para substituirmos nossas fraquezas espirituais e morais quando deparamos com ela.
Não sabemos de onde ela veio, nem mesmo como ela surgiu, só sabemos que, de repente, ela domina as pessoas. E quando menos a percebemos ela invade a nossa casa, o nosso bairro, a nossa cidade, o nosso país. A violência domina o mundo.
Quando ela não mata, estupra, violenta,  depreda, apedreja, picha, arromba e danifica, transformando-a em confusão social.
Todos nós sabemos que o mundo não anda muito bem. Mas o que fazer para mudar esse quadro desolador em que vivemos? É preciso mudar alguma coisa... Acabo de assistir na rede de TV um debate acalorado sobre a redução da maioridade penal no Brasil, onde todos admitem que  um menor de até 12 anos de idade tem consciência do que é certo ou errado e que ao final do programa todos concordam que a  admissão de tal redução estaria condicionada à mudança no sistema prisional brasileiro, uma vez que o mesmo não recupera o infrator, além de não haver presídios e/ou estrutura suficientes para fazer do presidiário um homem de bem, etc...
E mais uma vez, com muito cuidado, zêlo e preocupação, volto a questionar o Estatuto da Criança e do Adolescente, que apesar de ter sido criado para defendê-los, deu-lhes muitos direitos, sem mostrar-lhes com mais clareza os seus deveres, além de não ter “cobrado” do Estado a criação de mecanismos mais eficazes na prevenção e remediação da marginalidade.
Diante do exposto, só me falta estribilhar a máxima de que é preferível investir em educação de boa qualidade e até construir mais escolas... É mais barato que construir presídios e ainda ter que pagar aquela bolsa denominada “auxílio-reclusão” por cada filho de detento.

sábado, 9 de fevereiro de 2013


ASSIM É O NOSSO CARNAVAL

Quando chega o Carnaval sempre me vem à lembrança os carnavais de clube da década de 70, quando a filosofia do carnaval nos permitia desfrutar desta festa da alegria sem nenhum complexo de culpa. E olha que ainda naquele tempo alguns foliões acabavam de sair da festa momesca na quarta feira de madrugada e aguardava a missa das 7, com confete ainda na cabeça, para receber as cinzas - a fim de  pagar os pecados do carnaval - como diziam uns. Naquele tempo havia excessos, porém sem muitas consequências ... mas, mesmo assim, ainda era mais saudável!

Nos tempos atuais há uma necessidade de um grande aparato de cuidados: Trânsito, Álcool, Sexo, Aids, Drogas ... porque os tempos mudaram, a cabeça das pessoas mudou, enfim, o carnaval mudou... As propagandas de preservativos estão bombando em toda a mídia. Já ficou instituído que durante o carnaval o sexo rola mesmo ...

Assim, hoje, é o Carnaval: coisificado pela banalização do sexo e da alegria. 


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

PRIMEIRO ROUND

A partir da  terceira semana do governo Teófilo/Railton, iniciou-se a primeira queda de braço entre administração x opinião pública. É que dentro do chamado "choque de gestão" do prefeito, foi incluído a extinção temporária de dois projetos : "Bebê à Bordo" e "Transporte Universitário", que, ao meu ver, tornaram-se a "menina dos olhos" da administração passada, pelo fato de ambos serem os únicos avanços na área educacional. 

Do ponto de vista financeiro, até agora, não se sabe se vai fazer alguma diferença no caixa da prefeitura, mas do ponto de vista social e politico, a administração atual vai perder, e muito! Haja visto que, paralelamente a esse corte, vão se desvendando alguns cortes de investimentos na cultura e surgindo promessas de investimentos na "Cavalgada", que, de certa forma, não é uma cultura monlevadense, até mesmo pelo fato de não termos zona rural; ou seja, é um investimento que atende a uma minoria de "sitiantes" em nossa cidade, a um empresário e que não vai trazer dividendos políticos ... Pelo contrário, está reforçando aquela ideia de que os governantes não estão nem aí para a educação. E olha que, nesse pais, exemplos não nos faltam de cortes nos ditos "serviços essenciais", em benefício de investimentos nos "supérfluos" ...

Ninguém quer que a nossa prefeitura endivide mais, mas o povo vai bater forte. É sabido que dar condução para os pais levarem as suas crianças para a creche e dar transporte para universitários estudarem não é "Dever do Estado" nem tampouco do município. Mas, ´por outro lado, ninguém vai aceitar que se mexa em algo, que ganhou o rótulo de "Direito Adquirido". Ninguém vai querer entender que antes podia ter, mas agora não... É o preço que se paga por aquela política paternalista ou a do "tomaládacá", vulgo, eleitoreira ...

E pensar que estamos só no princípio ...