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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013


VIOLÊNCIA X MAIORIDADE PENAL
Não há semana que as cidades não contam os seus mortos pela violência. É triste, chocante para uma família chorar os seus entes assassinados. Em nosso país há uma crônica macabra: em cada dez pessoas mortas, sete são jovens entre dezoito e trinta anos. Não podemos nos acostumar com esse registro feito pela mídia.
A violência é a maior causadora de todas as mazelas do mundo. Ela nos faz incapazes, direta ou indiretamente. Querendo ou não, estamos de braços dados com ela. Procuramos encontrar culpados para substituirmos nossas fraquezas espirituais e morais quando deparamos com ela.
Não sabemos de onde ela veio, nem mesmo como ela surgiu, só sabemos que, de repente, ela domina as pessoas. E quando menos a percebemos ela invade a nossa casa, o nosso bairro, a nossa cidade, o nosso país. A violência domina o mundo.
Quando ela não mata, estupra, violenta,  depreda, apedreja, picha, arromba e danifica, transformando-a em confusão social.
Todos nós sabemos que o mundo não anda muito bem. Mas o que fazer para mudar esse quadro desolador em que vivemos? É preciso mudar alguma coisa... Acabo de assistir na rede de TV um debate acalorado sobre a redução da maioridade penal no Brasil, onde todos admitem que  um menor de até 12 anos de idade tem consciência do que é certo ou errado e que ao final do programa todos concordam que a  admissão de tal redução estaria condicionada à mudança no sistema prisional brasileiro, uma vez que o mesmo não recupera o infrator, além de não haver presídios e/ou estrutura suficientes para fazer do presidiário um homem de bem, etc...
E mais uma vez, com muito cuidado, zêlo e preocupação, volto a questionar o Estatuto da Criança e do Adolescente, que apesar de ter sido criado para defendê-los, deu-lhes muitos direitos, sem mostrar-lhes com mais clareza os seus deveres, além de não ter “cobrado” do Estado a criação de mecanismos mais eficazes na prevenção e remediação da marginalidade.
Diante do exposto, só me falta estribilhar a máxima de que é preferível investir em educação de boa qualidade e até construir mais escolas... É mais barato que construir presídios e ainda ter que pagar aquela bolsa denominada “auxílio-reclusão” por cada filho de detento.

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