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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

REACENDENDO O ESTOPIM

Diante do que tenho observado e vivido, por ser um profissional da educação pública, começo a ter a ligeira impressão de ter visto este filme antes. Um filme protagonizado por educadores, administradores da coisa pública e um sindicato. Aquele filme em que todos esperam um final feliz, onde o final se subdivide em outros capítulos infindáveis...

Digo isso porque o governo federal editou aquela lei do piso nacional do magistério em 2008 e desde então, todo mês de janeiro o citado piso salarial é reajustado e, pelo fato de a nossa prefeitura não ter recursos para o pagamento do mesmo, também pelo fato de ninguém ter feito nada para buscar tais recursos, o máximo que os administradores de nossa prefeitura tem feito é pagar o piso salarial para uns gatos pingados, que não passam de cinco professores, num universo de aproximadamente 500.

Bem, de acordo com o andar da carruagem, dentro em breve, o salário de um professor inabilitado -R$ 1.451,00 ( R$ 1.567,00, a partir de janeiro) se igualará ao dos habilitados (R$ 1.899,00). Haja visto que antes da lei, na prefeitura, o salário de um professor habilitado era de aproximadamente 120% sobre o salário do inabilitado. Atualmente, esta diferença é de aproximadamente 21%. Sendo assim, definitivamente, acontecerá a extinção desta classe acadêmica, já que "qualquer um" poderá assumir o lugar do professor. 

Diante do exposto acima, ao se aproximar mais uma data-base, os ânimos começam a se acirrar, pois sabe-se que o "choro" agora é maior, uma vez que a atual administração está atolada em dívidas. Por outro lado, sabe-se também que  O governo deve aumentar em R$ 14,2 bilhões o repasse de dinheiro do Fundeb para estados e municípios neste ano. Em 2012, foram R$ 102,6 bilhões e a estimativa para 2013 é de R$ 116,8 bilhões. Apenas para os municípios, o MEC deve repassar neste ano R$ 63,8 bilhões do Fundeb, valor que representa R$ 8,9 bilhões a mais que o de 2012, quando a União enviou R$ 54,9 bilhões para as prefeituras. ( Fonte: O Planalto)

No atual momento, mais que transparência e diálogo, espera-se ATITUDE da atual administração na busca de recursos para tal empreitada. Enquanto isto não tornar realidade, travar-se-á mais uma luta inglória, talvez, no tapetão dos tribunais; na tentativa de resgatar pelo menos a nossa dignidade: salários dignos!

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