A DESVALORIZAÇÃO
DO PROFESSOR
As estatísticas da UNESCO são claras: o salário do professor brasileiro
que ensina nas primeiras cinco séries da escola fundamental é o terceiro pior
do mundo. No ensino médio, somos o sétimo pior do mundo.
Os salários ruins tornaram a carreira do magistério
para a escola básica alguma coisa que sobra apenas para desqualificados e/ou
abnegados, e então temos um ensino péssimo que, na mensuração internacional,
passa pela mesma humilhação da mensuração salarial.
Os salários de um professor brasileiro, em média
(incluindo aí a rede privada!) são cinco vezes menores que os dos professores
da Europa, Estados Unidos e Japão. O professor do ensino fundamental, na
cidade de São Paulo, recebe em média US$ 10,6 mil por ano. Isso é 10% do
salário de um professor na Suíça. O
salário anual médio de um professor brasileiro é de US$ 4.818. No Uruguai e na
Argentina esse número dobra: US$ 9.842 e US$ 9.857. O mais significativo é que os
professores brasileiros têm renda abaixo do Produto Interno Bruto (PIB) per
capita nacional. Além disso, em comparação com países desenvolvidos ou emergentes, as salas de aula
brasileiras possuem muito mais alunos. A média da relação professor/aluno do
Brasil, no ensino primário, é a sexta maior do mundo: 28,9. No ensino médio o
número é 38,6, uma das maiores entre todos os países com economia desenvolvida
e/ou emergente.
Os governantes não deram conta que o
professor já está sendo considerado um
dos “animais em extinção” ou se deram, não estão se importando com isso, pois
já estão colocando qualquer uma pessoa
inabilitada dentro de uma sala de aula, para substituir aquele
professor que “ralou” na universidade à espera de ser verdadeiramente
valorizado e que agora se vê obrigado a buscar outras frentes de trabalho mais
rentáveis. Haja visto que o número de vagas oferecidas para o magistério nas universidades
é bem maior que o número de vestibulandos e vários cursos estão sendo dizimados
em algumas faculdades.
Em nosso país há um Estatuto da Criança e do
Adolescente que, severamente, dita que lugar de criança é na escola, mas não há
uma lei tão severa que diz que o educador daquela criança tenha que ser
habilitado para tal; então colocam numa sala de aula um “cuidador de crianças “
e/ou um “dador de aulas” por algumas merrecas...
Definitivamente, o Brasil é um país que não
leva a educação a sério...
No jornal “SUPER NOTÍCIAS” de ontem, foram
divulgadas 1.600 vagas para soldado da polícia militar e 830 vagas para
Bombeiros, com salários de R$3.182,00 e R$ 3.541,00, respectivamente,
exigindo Ensino Médio completo.
Algum professor, aí, se habilita?
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