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sexta-feira, 11 de janeiro de 2013


A DESVALORIZAÇÃO 

DO PROFESSOR




As estatísticas da UNESCO são claras: o salário do professor brasileiro que ensina nas primeiras cinco séries da escola fundamental é o terceiro pior do mundo. No ensino médio, somos o sétimo pior do mundo.  

Os salários ruins tornaram a carreira do magistério para a escola básica alguma coisa que sobra apenas para desqualificados e/ou abnegados, e então temos um ensino péssimo que, na mensuração internacional, passa pela mesma humilhação da mensuração salarial.

Os salários de um professor brasileiro, em média (incluindo aí a rede privada!) são cinco vezes menores que os dos professores da Europa, Estados Unidos e Japão.  O professor do ensino fundamental, na cidade de São Paulo, recebe em média US$ 10,6 mil por ano. Isso é 10% do salário de um professor na Suíça. O salário anual médio de um professor brasileiro é de US$ 4.818. No Uruguai e na Argentina esse número dobra: US$ 9.842 e US$ 9.857. O mais significativo é que os professores brasileiros têm renda abaixo do Produto Interno Bruto (PIB) per capita nacional. Além disso, em comparação com países desenvolvidos ou emergentes, as salas de aula brasileiras possuem muito mais alunos. A média da relação professor/aluno do Brasil, no ensino primário, é a sexta maior do mundo: 28,9. No ensino médio o número é 38,6, uma das maiores entre todos os países com economia desenvolvida e/ou emergente.

Os governantes não deram conta que o professor  já está sendo considerado um dos “animais em extinção” ou se deram, não estão se importando com isso, pois já estão colocando  qualquer uma pessoa inabilitada  dentro de uma  sala de aula, para substituir aquele professor que “ralou” na universidade à espera de ser verdadeiramente valorizado e que agora se vê obrigado a buscar outras frentes de trabalho mais rentáveis. Haja visto que o número de vagas  oferecidas para o magistério nas universidades é bem maior que o número de vestibulandos e vários cursos estão sendo dizimados em algumas faculdades.

Em nosso país há um Estatuto da Criança e do Adolescente que, severamente, dita que lugar de criança é na escola, mas não há uma lei tão severa que diz que o educador daquela criança tenha que ser habilitado para tal; então colocam numa sala de aula um “cuidador de crianças “ e/ou um “dador de aulas” por algumas merrecas...

Definitivamente, o Brasil é um país que não leva a educação a sério...
No jornal “SUPER NOTÍCIAS” de ontem, foram divulgadas 1.600 vagas para soldado da polícia militar e 830 vagas para Bombeiros, com salários de R$3.182,00 e R$ 3.541,00, respectivamente, exigindo  Ensino Médio completo.
Algum professor, aí, se habilita?

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