BRINQUEDO PERIGOSO
Quando eu era criança, lá na beira do rio, vivia a procurar no meio dos dejetos que a Belgo-Mineira despejava às margens do Rio Piracicaba, rolimãs para fazer carrinho e patinete. E com que competência fazia tais brinquedos! Não como o acima, pois é industrializados e, hoje em dia, até o motorizado já existe.
Eu e a molecada da rua subíamos as escadarias da matriz São José, cada um com o seu possante e, no passeio, descíamos em direção à ponte de madeira que dava acesso à rua Beira Rio.
Toda essa aventura gostosa não deixava de ser perigosa, principalmente, se invadíssemos a pista ou se um carro resolvesse nos atropelar no passeio.
Entretanto, o que vejo hoje, é um absurdo: Adolescentes descendo a rua Vitória em carrinhos de rolimã, na pista, dividindo o mesmo espaço com carros e ninguém faz nada. Onde estão os pais destes adolescentes?
Sábado, à noite, preocupado com a segurança deles, resolvi ligar para Polícia Militar. Um sargento me atendeu com atenção, dizendo-me, antes que eu terminasse de falar, que já sabia e que uma viatura já estaria indo até o local, e que se eu quisesse chegar até à esquina, eu os veria fazer a abordagem. Não fui. Fiquei na varanda de minha casa apenas assistindo os futuros kartistas. Eles desceram a rua mais uma, duas vezes e depois foram embora para as suas casas sãos e salvos. A viatura da polícia apareceu 20 minutos depois. Agora, vamos esperar o que vai acontecer da próxima vez.
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