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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012


A MELHOR EDUCAÇÃO DO MUNDO


O Brasil manteve a mesma posição do ano passado e ficou no 88º lugar de 127 no ranking de educação feito pela Unesco, o braço da ONU para a cultura e educação. Com isso, o país fica entre os de nível "médio" de desenvolvimento na área, atrás de Argentina, Chile e até mesmo Paraguai, Equador e Bolívia.
A classificação foi feita a partir de um índice criado para medir o desempenho das nações em relação a metas de qualidade para 2015 estabelecidas na Conferência Mundial de Educação de Dacar, em 2000.

A educação pública municipal de Monlevade não teria nada a perder para a educação finlandesa, não fosse a desvalorização do educador. Por outro lado, a nível nacional, temos muito a caminhar. Vejam:

A Finlândia, um país no norte da Europa com 5,3 milhões de habitantes, ocupa hoje o 16º lugar neste mesmo ranking. Este país, o mais setentrional do mundo, que há 100 anos era um país periférico, agrário e subdesenvolvido, é hoje uma das sociedades de conhecimento mais avançadas do mundo. Pode-se dizer que a educação é uma das chaves de sucesso da Finlândia.

O ensino na Finlândia é gratuito desde ensino fundamental até o doutorado e inclui material escolar para o ensino fundamental, uma refeição quente diária, assistência à saúde e serviços odontológicos e transporte gratuito. Desta maneira, garante-se a igualdade de oportunidades de aprendizagem independentemente da classe social, local de moradia, idioma materno, religião ou gênero.

Além disso, pode-se considerar como fatores que contribuem para a qualidade da educação finlandesa, entre outros, o foco no aprendizado e bem-estar individuais, currículo base nacional com aplicação de acordo com a realidade local, ampla rede de bibliotecas públicas totalmente gratuitas, cultura que ressalta a atitude positiva em relação à escola e educação, cooperação interdisciplinar, alto nível educacional do corpo docente (no mínimo mestrado), a valorização dos profissionais com reconhecimento público e uma remuneração competitiva.

Normalmente, as aulas começam geralmente por voltas das 8:00 e terminam às 14:30 (dependendo do dia). Muitos alunos caminham para a escola, mas aqueles que moram muito longe e não têm acesso ao transporte público, são transportados pelo município.


 O ambiente nas escolas é tranquilo e respeitoso. Os professores são chamados pelo primeiro nome e cada criança tem a sua turma, que engloba alunos de diferentes origens sociais e culturais. As escolas têm uma arquitetura tipicamente nórdica o que significa escolas bem iluminadas, espaçosos, feitas de materiais duráveis. As cores utilizadas são aconchegantes.

Geralmente as escolas possuem, além das salas e aula, oficinas para artes manuais, música, teatro, ciências, ginásio e biblioteca, jardim, cantos para leitura e mesas para jogos e conversas. Os próprios alunos determinam metas semanais com seus professores e escolhem as tarefas que conseguem realizar no seu próprio ritmo. É possível ficar uma parte do tempo nas oficinas aprendendo por meio de treinamentos práticos enquanto a outra parte pode ser dedicada ao aprofundamento dos conhecimentos teóricos.

Uma aula tem, geralmente, duração de 90 minutos. O intervalo de 30 minutos é sempre no pátio da escola, não importa o clima. Vale ressaltar que as aulas não são utilizadas, de forma alguma, para memorização silenciosa: o aluno anda pela sala, colhe informações, pede ajuda ao professor, coopera com os outros e ocasionalmente descansa no sofá. A sala de aula é ativa e supervisionada pelo professor que tem autoridade, porém não usa métodos autoritários. Os princípios pedagógicos baseIam-se nas teorias de Freinet, educador francês que  desenvolveu atividades hoje comuns, como as pesquisa de campo, o jornal de classe, cantinhos pedagógicos; criando, assim, um projeto de escola popular, moderna e democrática, acreditando que é preciso transformar a escola por dentro, pois é exatamente ali que se manifestam as contradições sociais.

O aprendizado, entretanto, não se limita a sala de aula. O conceito de aprender por meio de execução de tarefas é aplicado, por exemplo, na forma de ensinar responsabilidade ao cuidar das plantas das escolas, da biblioteca, da coleta seletiva e do jardim e dos animais. Os alunos ajudam, também, na cozinha. Estas tarefas não são orientadas pelo professor, mas pelos outros adultos da escola: faxineiras, cozinheiras, secretários e atendentes. A responsabilidade de educar as crianças é dividida igualmente por todos evitando estruturas hierárquicas desnecessárias.

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