Translate

Siga o Leão...

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012



EDUCAÇÃO (PÚBLICA?)

A luta por melhores condições de trabalho tem colocado, ultimamente, frente a frente, professorado e governo. E essa luta travada,  no fundo, passa na realidade por melhores salários, uma vez que boa parte da escola pública é dotada de uma infra-estrutura invejável, em se tratando, especificamente, da nossa rede municipal de educação.

A nossa luta tem sido uma luta de classe. E, aí é que está o X da questão. Essa luta não deveria ser somente do professor e do sindicato. Os pais, os alunos e enfim, toda a sociedade civil deveriam se engajar mais na defesa da educação e dos educadores. Até mesmo porque a educação é um bem público. É através da educação que se forma o cidadão integral.

Em princípio, diríamos que seria preciso que as escolas se abrissem mais para os pais, estabelecendo uma grande parceria com eles. Por outro lado, não são todos os pais que estão preocupados com esta relação. Aliás, eles não acompanham a vida escolar de seu filho. Eles “entregam” seus filhos nas mãos da escola e dão graças a Deus por ter alguém prá “tomar conta” deles, enquanto vão buscar o sustento dos mesmos. E só comparecem  à escola, quando convocados pela direção para tratar de questões indisciplinares do filho ou para reclamar de uma possível reprovação.

Boa parte dos alunos, por sua vez, vai para escola porque é obrigado pelos pais e, “às vezes” fazem na escola aquilo que não se pode fazer em casa, tornando muitas vezes o maior inimigo do professor, levando-o ao desgaste emocional e psíquico. O seu apoio ao professor é bastante conveniente .

A sociedade civil, de um modo geral, está pouco se lixando para isso. Ela tem algo mais importante com que se preocupar. Diante disso, nós, educadores, tornamo-nos reféns da incompetência e da falta de diálogo e de compromisso da classe política, restando-nos a greve e suas consequências: uma arma letal, que a cada dia vai matando aos poucos todo o nosso idealismo e motivação, o que acaba contribuindo para o adormecimento das vocações para o magistério.

Enfim, resta um questionamento: Quem vai, no futuro, cuidar da educação integral de seu filho ou de seu neto?



























Um comentário:

  1. Muito bom, Leão! A Educação é um dever de todos e responsabilidade maior dos pais. Penso que tem faltado uma interação melhor entre as várias instituições públicas que deveriam se engajar de forma mais efetiva no processo educacional, como o Juizado de Menores, o Ministério Público, o Comissariado de Menor, além das secretarias de educação, esporte e cultura, sempre dentro de uma interpretação esclarecida do conceito de menoridade, das responsabilidades dos pais, do Estatuto da Criança e Adolescente e demais legislações pertinentes. Um pai, por exemplo, que não acompanha a educação de seu filho, deveria ser chamado a se apresentar diante do juiz da infância e da juventude e até mesmo responder pelo crime de abandono intelectual de incapaz, se fosse o caso. A indisciplina deve ser controlada por meio das instituições jurídicas. E o consciente coletivo deve ter sedimentado em si que o menor, conforme determina a legislação, não possui autonomia de vontade e, portanto não possui capacidade de reger sua própria vida e, assim, não tem legitimidade para, por exemplo, confeccionar abaixo assinado para trocar de professor ou para não querer ira à aula ou não querer estudar. De acordo com a lei, menor não quer nada e não é intocável. Muito do que vejo acontecer dentro das escolas de hoje é fruto de uma interpretação confusa da Legislação Menorista (Eca), feita pelos Comissários de Menor e pela sociedade em geral, alem da falta de engajamento das instituições no processo educacional, com já dito. A única opção que o menor tem é a de estudar, doa a quem doer. Não é de hoje que estou querendo escrever sobre isso no Monlewood. Acho que, semana que vem, sai. Um abraço!

    ResponderExcluir

Seja Bem Vindo !! Seu comentário é muito importante!