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segunda-feira, 10 de junho de 2013

ACIMA DE QUALQUER SUSPEITA...


Há um bom tempo venho me surpreendendo com a audácia de motociclistas me cortando pela direita, até mesmo em cruzamentos e sei que  isto não acontece somente comigo. E muito motorista também já ouviu: "Reze para nenhum "motoqueiro" bater em você, porque eles nunca tem dinheiro e sempre acabam achando que tem razão..."

Recentemente, ao descer a Wilson Alvarenga, quando estava para convergir à direita pela rua do Andrade, fui abalroado por uma moto, que saiu rasgando o para-choque do meu carro. Naquele momento, dado o susto, brequei o carro e saí para ver o estrago, inclusive o daquele imprudente motociclista, que por sinal só havia machucado o tornozelo esquerdo e sem nenhum dano à sua moto. Depois de avaliar o estrago do meu carro, ao ver aquele cidadão educado, de camisa azul clara, acompanhada do crachá daquela siderúrgica , pensei: "Acredito não ser um motoqueiro qualquer, portanto não terei problemas." 

Embora o mesmo não admitisse estar errado, por me "cortar" pela direita e num cruzamento, alegando que eu não teria dado seta e nem tampouco tivesse mantido o carro à direita, deu-me o  número de seu celular, o que conferi de imediato, passando-lhe também o meu, para posteriores contatos. 

Em seguida, ofereci-me para levá-lo ao hospital, ao que, prontamente, agradeceu-me dizendo que dava conta de se dirigir sozinho até lá, uma vez que nem sequer caiu de sua moto. Sendo assim, despedi-me dele, dizendo-lhe que faria o orçamento do conserto do carro e, em seguida, ligaria para ele.

Depois de levantar custeio do serviço, liguei para ele por três dias consecutivos sem no entanto obter sucesso. Até que resolvi ligar de outro telefone e quando me identifiquei, desligou na minha cara e a partir daí não consegui mais falar-lhe ao telefone e muito menos experimentei um terceiro número, uma vez que saquei que o meliante - uma nova impressão daquele cidadão - não queria conversar comigo.

A cada dia que se passava, mais me arrependia de ter confiado naquele sujeito, de não ter chamado a perícia e nem ter feito um B.O., diante do meu bom juízo, preconceituoso. A todo o momento, reportava-me à imagem de um vídeo sobre preconceito: " Um homem entrando num metrô, que deixa de se assentar ao lado de um quase-mendigo-afro-descendente, para se assentar ao canto de um sujeito branco e bem vestido; que em seguida, rouba-lhe o seu celular e sai correndo."

Pois é ... Aquele motociclista, "bem vestido", residente em Bela Onça, portador de um crachá da Mital,  é também um comerciante, com filial em Monlevade. Acima de qualquer suspeita? Depois de investigá-lo, de ligar insistentemente para as suas lojas e o mesmo se negar a falar comigo, fui conversar com ele, pessoalmente. Resultado: Por eu estar certo e agir errado, tive que me sujeitar a pagar a metade do conserto do meu carro para evitar desgastes com a justiça.  

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