PARALISAÇÃO NACIONAL
Entre os dias 14 e 16 de
março de 2012, as escolas públicas de nível básico, em todo Brasil, paralisarão
suas atividades para protestar contra o descaso de grande parte dos gestores
públicos em não garantir educação de qualidade socialmente referenciada para
todos e todas.
Embora o Brasil, nos últimos
anos, venha galgando importantes resultados socioeconômicos – já tendo
alcançado o posto de 6ª economia do mundo –, a educação continua sendo um
entrave para a inclusão de todos os brasileiros e brasileiras no processo de
desenvolvimento sustentável.
Cada vez mais, os meios
produtivos exigem maior e melhor qualificação profissional, e as relações
socioculturais e ambientais, idem. Sendo que é papel da escola pública garantir
o acesso e a permanência de todos ao conhecimento e à participação cidadã na
vida política, social e econômica do país.
À luz desses objetivos, que
defendemos para a escola pública, a pauta da CNTE para a Greve Nacional dos
Trabalhadores/as em Educação consiste em:
(i) Ampliar o investimento
em educação para 10% do Produto Interno Bruto (PIB), ao longo da próxima
década, e exigir a aprovação do novo Plano Nacional de Educação;
(ii) Garantir o cumprimento
imediato e integral da lei federal nº 11.738, que vincula o piso salarial
profissional nacional à carreira do magistério;
(iii) Implementar a gestão
democrática em todas as escolas e os sistemas de ensino, conforme preceitua as
normas educacionais e o Estatuto da Criança e do Adolescente;
(iv) Impedir a terceirização
das funções escolares, sobretudo daquelas desempenhadas pelos funcionários da
educação; e
(v) Assegurar outras pautas
locais da educação e de seus trabalhadores.
Diante de temas tão
importantes para o futuro de nosso país, convidamos a todos e todas para se
juntarem à nossa luta, que é por um Brasil mais justo, próspero, soberano e sem
desigualdades que impeçam o direito das pessoas à felicidade e,
consequentemente, ao bem estar coletivo.
Quanto às atividades da
Greve Nacional, as mesmas serão descentralizadas e estarão sob a
responsabilidade das 44 entidades filiadas à CNTE . Outros
sindicatos da educação, mesmo não filiados à Confederação, também poderão
incorporar-se à mobilização e agendar atividades junto aos executivos e
parlamentos locais, além daquelas voltadas à comunidade escolar e à população
em geral.
Em âmbito nacional, a Greve
marcará o início de uma ampla jornada de luta dos trabalhadores por educação
pública, gratuita, universal, laica, de qualidade (com equidade), e por
valorização profissional, devendo um de seus desdobramentos culminar na
denúncia de governadores e prefeitos - desrespeitadores da Lei do Piso – à
Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a outras instituições
internacionais, além dos órgãos do Poder Judiciário nacionais.
Sendo assim, os professores da rede municipal estarão reunidos em Assembléia Geral nos próximos dias para definir como será a sua participação neste movimento, uma vez que, como já se sabe, o piso salarial já sofreu um reajuste de 22,22% desde janeiro e até agora a administração municipal não se posicionou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seja Bem Vindo !! Seu comentário é muito importante!