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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

ACORDEM, COMPANHEIROS!



É sabido que não há professores habilitados desempregados em lugar algum, principalmente, quando se fala em professores da área de exatas. O que poderia acontecer com aquele professor contratado que não atendesse àquela convocação do prefeito? Ser demitido? E depois? Como o município iria fazer? Reiniciar as aulas sem aqueles “demitidos”? Como? Até abrir um novo edital de convocação ... O prefeito e o secretário de educação sabem dessa realidade.

O professor contratado também sabe, mas, infelizmente, temos que admitir: Eles fraquejaram... Como desconhecem a sua importância, o seu valor!... Se não fossem necessários nunca teriam sido contratados pela prefeitura... E o pior de tudo isso é que serão cada vez mais desvalorizados e jamais serão reconhecidos. Ao contrário, poderão ser acusados de incompetentes, caso os alunos não consigam bons resultados, pois estão trabalhando com alunos e conteúdos que não são seus, sem conhecerem a realidade daquela escola, sem uma orientação pedagógica. Estão, sim, preenchendo provisoriamente uma lacuna, aberta pela prepotência e intransigência de um mal- governante-mau.

A administração municipal está implantando uma nova filosofia da educação: o tarefismo, onde o importante é fazer, não importando o resultado. E assim, tudo acontecerá daquela forma: O professor vai fingir que ensina, o aluno finge que aprende. Aqueles alunos terão uma carga-horária menor para pagar até que as coisas se normalizem (?). E as coisas, terão que se normalizar. Aliás, é o que todos nós queremos, mas acima de tudo sem perder a dignidade.

É muito comum ouvirmos dos nossos pares que o professor nunca foi valorizado, porque a classe é desunida... É isto mesmo! Principalmente no momento de uma greve pelos nossos direitos, alguns acabam se deixando dominar pelo medo, pelo assédio moral imposto por uma carta convocatória ... E assim, fazem exatamente o que os governantes querem, contribuindo para a reprodução de vaquinhas de presépio, ideologia esta que nunca conseguirá ser aplicada aos seus alunos, nos tempos atuais.

E, pelo amor de Deus, tenho ouvido de alguns comunicadores que fazemos greve porque não são nossos filhos que serão prejudicados! Será que estes comunicadores acham que nossos filhos não estudam em escola pública, também? Por outro lado, qual professor está tendo salário para pagar escola particular? Lá paga-se caro, mas sabemos que o professor é bem pago e valorizado. Ainda assim, se tivéssemos bons salários, economizaríamos mais, até mesmo porque o ensino público em nossa cidade é de uma qualidade inquestionável.   

Nós, educadores, sempre nos preocupamos com o bem estar de nossos alunos. Afinal de contas, trabalhamos por vocação; não somos mercenários do saber. Queremos retornar sim, portanto sem a perda da dignidade! É preciso voltar, sim, porém, mais fortes que quando paramos. Se vamos ganhar esta queda de braço, não sei, mas é preciso que voltemos fortalecidos pela grandeza de nossa união, para que os futuros governantes e legisladores acordem e façam alguma coisa para melhorar o salário dos educadores, porque novos vocacionados só aparecerão se os mesmos se sentirem seguros. Caso contrário, teremos uma nova geração formada por analfabetos.

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