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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012


PEGANDO PESADO

O Ministério da Educação (MEC) divulgou na segunda-feira, ontem, o novo piso salarial nacional para professores, que passa de R$ 1.187 para R$ 1.451,00 (22,22%), retroativo a janeiro. 

Lei do Piso determina que nenhum professor pode receber menos do valor determinado por uma jornada de 40 horas semanais. Questionada na Justiça por governadores, a legislação foi confirmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no ano passado. Entes federados argumentam que não têm recursos para pagar o valor estipulado pela lei. O dispositivo prevê que a União complemente o pagamento nesses casos, mas desde 2008 NENHUM estado ou município recebeu os recursos porque, segundo o MEC, não conseguiu comprovar a falta de verbas para esse fim.
Governadores e prefeitos estão fazendo uma brincadeira de tremendo mau gosto. É uma falta de respeito às leis, aos trabalhadores e aos eleitores tendo em vista as promessas que eles fazem durante a campanha de mais  valorização ao profissional da educação.
Em Monlevade não poderia ser diferente. Depois de 63 dias de paralisação, a categoria somente conseguiu um reajuste de 6,31% em dezembro/2011 não-retroativo a Abril do mesmo ano. O pagamento do PISO encontra-se na justiça. Enquanto isso, nossos vencimentos vão sendo achatados, gerando uma enorme bola de neve enquanto a máquina administrativa continua inchando, principalmente neste ano eleitoral. Para isto, basta comparar a folha de pagamento da educação de dezembro/2011, com a de fevereiro/2012.
Há muitas perguntas que não nos foram respondidas, como por exemplo: Por que até hoje o secretário de educação, juntamente com o prefeito municipal,  não foi ao MEC buscar a tal complementação que a lei prevê?
Enquanto isso a Secretaria de Educação faz parceria com a Mittal, num famigerado projeto federal denominado  Mobilização, que tem por finalidade aproximar mais a família da escola, objetivando principalmente melhores notas no IDEB, onde uma das condições para a eficácia do projeto é a valorização do professor.
Ontem, dia 27/02, a equipe técnica da Mittal, encarregada de direcionar o projeto, deu com os burros n’água ao encaminhar tal projeto no Centro Educacional.  Os professores, por unanimidade rejeitaram o projeto.  Onde estava o secretário de educação ou qualquer funcionário da secretaria de educação naquela hora, que não pode comparecer para ajudar a vender o seu peixe?
Poderíamos até fazer um bom uso do projeto, levando a comunidade para dentro da escola e promover um verdadeiro rebuliço, retirando os lixos que estão escondidos por debaixo do tapete da educação, desviando assim o foco do projeto ...
Portanto, senhores Prefeito e Secretário de educação, o dia em que houver uma valorização efetiva do educador municipal, vamos, sim, abraçar todos os projetos advindos da SME. mesmo sabendo dos dividendos  político-eleitorais a serem arrecadados para a permanência dos senhores no poder.
E, parafraseando o Senhor Prefeito durante a negociação do ano passado: “ Nós, verdadeiros educadores, vamos pegar pesado com vocês neste ano. Te cuidem!”


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