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terça-feira, 16 de agosto de 2011

FESTIAÇO



Tenho acompanhado, desde o início do mês de agosto, algumas chamadas no blog Cenários, sobre a proposta do retorno dos Festivais da canção em nossa cidade. Apesar de achar muito pesado o nome FESTIAÇO para um evento de pequeno porte, uma vez que o Festival da Canção era apenas uma parte do chamado Festiaço; continuei acompanhando as informações do citado evento.

Assisti o grande e único FESTIAÇO , de 1974, em comemoração do 10º aniversário de emancipação política de João Monlevade. Uma emoção indescritível tomou conta de mim por estar próximo do Rei Roberto Carlos. Com relação ao Festival de Música, Lembro-me até de um hino feito na época, acho que até executado pelo MONSOM, e que agora me vem à memória  uma pequenina parte do citado hino, que dizia mais ou menos assim: “... faz do aço o Festiaço e prá você esta canção...”

Em princípio achei a ideia legal. Pôxa, que bom termos um festival da canção em nossa cidade... Mas comecei a pensar: Um mês não é tempo hábil para se programar e executar um festival da canção, quando se quer ou se precisa realizar algo marcante, que motive a virar tradição... algo que seja realmente a vitrine para a fruição da produção musical da cidade e da região ... no pequeno espaço do Sindicato... sei, não...

Mesmo assim, não achei que era hora de comentar tal projeto. Aos poucos, fui observando a intenção da Fundação Casa de Cultura, inclusive até a de sugerir que seria bom que os nossos músicos e compositores - que são muitos, porém, pouco valorizados pelo poder público há muito tempo – participassem do referido evento. Então pensei: “esse trem tá esquisito...!”

Depois, vi a premiação. Que lástima! Pior ainda foi quando os interessados em se inscrever no Festival teriam que fazer o pagamento da inscrição em conta bancária de um funcionário do Sindicato dos Metalúrgicos, um dos parceiros deste evento, indicada pelo “beiço” (???) do sindicato...

Vamos fazer um negócio? Pelo amor de Deus, tira esse nome deste festival, porque Dr. Lúcio,  Severino Miguel, Guido Valamiel, Neide Roberto e outros mais, que tanto fizeram pela cultura musical de nossa cidade; inclusive aqueles que ainda estão vivos, não merecem essa aberração de “FESTIAÇO”.

O mínimo que vocês poderiam fazer é procurar nos anais da história dos festivais de música de nossa cidade e ver qual foi o número da edição do último FECAM ( Festival da Canção de Monlevade) e reeditá-lo. Assim, vocês encontrarão menos críticas, e serão aplaudidos pela brilhante iniciativa de se realizar mais um festival de música em nossa cidade.



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