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sábado, 27 de abril de 2013

O PROFESSOR QUE VOOU...


Há muito tempo vinha  acalentando o sonho de fazer um passeio a Foz do Iguaçu (PR), onde reside a Cidinha, minha irmã. Mas a  ideia da lonjura do lugar e outros motivos, que também não justificam, incluindo-se a isso o " ter que pegar um avião", faziam com que fosse empurrando com a barriga.

Finalmente, depois de várias buscas de preços e quase me acostumando com ideia de viajar de ônibus, aceitei a empreitada da minha primeira experiência de vôo. Comprei minha passagem aérea com conexão em Guarulhos(SP), classe econômica ... coisa de profe$$or.

Desta forma, dirigi-me à cidade de Contagem, casa da Dorinha, minha outra irmã, onde pernoitei e as 6 e 15 da matina, de sexta-feira, chegava eu, conduzido pelo Tião, casado com a Dorinha, ao aeroporto de Confins.

Depois de me despedir dele, entrei naquele aeroporto com a cara e a coragem daquele que "quem tem boca vai a Roma" e fui me informando dos procedimentos necessários para estar dentro de um avião. Tão logo assentei-me dentro daquele "trem grande", com mais de 150 assentos, sob o aviso do comissário que sairíamos em seguida, pedi a Deus pela minha vida e das demais pessoas que ali estavam e em poucos minutos já estava no ar, olhando pela janela a pequenez do mundo que eu deixava para trás.

Em seguida, uma aeromoça (ô antiga, hein?) que mais parecia com uma aeromulher, naquelas madeixas loiras e de voz  suave, oferecia-nos água e ao mesmo tempo, agradecia-nos como se nós estivéssemos fazendo-lhe um favor... Após 1 hora e quinze minutos de vôo, o piloto avisava-nos que iriamos aterrizar. Naquele momento, resolvo olhar da janela e não via nada, senão aquele manto branco de nuvens e senti que aquela aeronave começou a balançar, como se estivesse passando por aquelas ruas emburacadas de Monlevade, e pensei:  pô, ate aqui, TT?!! Arrisquei uma olhada para as asas do avião onde se lia : no step (não pise) e pensei... coisa mais sem sentido... E me veio uma dor nas têmporas esquerda, achando que a minha cabeça ia explodir ... Naquela minha distração, apenas senti as rodas tocarem no solo paulista ... e um grande alívio.

Tão logo desci do avião, procurei alguém que me desse alguma informação sobre as minhas bagagens. Disseram-me que elas seguiriam para a próxima conexão, ao que como todo bom mineiro, indaguei insistentemente: tem certeza?  Posso ficar tranquilo? Depois de ligar para a minha filha Luanna, mais experiente em viagens aéreas que eu, para saber se a quela dor era normal, senão eu teria que ligar para o Dr. Maxwell, meu amigo-cardiologista, para saber se era problema de "pressão arterial"...
 Sabendo que aquilo era "normal", tranquilizei-me.Por ali mesmo fiquei aguardando por mais duas horas o vôo para Foz. O estômago iniciou uma verdadeira sinfonia, pedindo algo para preenchê-lo. Dirigi-me a uma lanchonete mais próxima e comi com os olhos aquele pão de queijo, metade daqueles do da Tia Eliana, por R$6,50 a unidade; o que me fez perder, definitivamente, a fome. Peguei o meu livro e retomei a leitura até que fôssemos chamados para o embarque.

Uma doce voz era ouvida: "Senhores passageiros com destino ... sigam em direção ao portão 27.  A fila da direita será destinada aos passageiros classe Rubi, Diamante ... Os da classe econômica, na fila do meio sendo os de poltronas tanto a tanto e os de tanto a tanto, a fila da esquerda". Assim, por ordem, entramos no avião. Ao chegar à minha poltrona, um casal de francês, impedia-me de chegar ao assento da janela, e como eles não entendiam que eu queria passar, saquei um "com lissons", dentro do que havia aprendido há mais de 40 anos. A mulher se levantou e em seguida, o homem, pendurado no bagageiro de cima, abria as asas para eu passar, ao que quase me fez voltar, dada a fedentina de cc que exalava de suas axilas. Assentei-me e aquele " fedor" levou-me a pensar alto: " PQP, como fede esse sovaco ..."; ao que de imediato, recebi a sua réplica: Sava bien, merci.  Então, para encerrar aquele assunto, que não daria em nada, disse-lhe: Je ne parlez français ... O Francês, depois de um "oui, oui..." desistiu de mim e passou a dialogar somente com a sua companheira.

Durante aquelas últimas 1 hora e quinze de voo, fechei os olhos, voltando a abri-los ao ouvir que já estávamos chegando a Foz. De repente, meio acordado, olhei da janela e deparei que o avião estava "parado no ar" e veio-me aquela impressão que algo de errado já havia acontecido comigo e os demais passageiros e que já estávamos na porta do céu ... E, mais que "derrepente", as asas da direita se levantou e vi aquela aeronave se curvando e em seguida, descendo, descendo, descendo ... enfim, já estava aterrizando nas terras paranaense... e logo as minhas suspeitas se desfizeram: a minha bagagem estava vindo na esteira, em minha direção ... a minha mala e o queijo minas da Cidinha estavam sãos e salvos. O legítimo pão de queijo estava garantido. Agora, era só correr pro abraço. 

Vocês, querem saber como será a volta? Nada ... Não terei mais novidades para contar. Já sou um cara experiente em viagens aéreas, hehehehehehehe ... A propósito: Fui um dos últimos a entrar no avião. Um dos primeiros a sair. Aqueles que entraram primeiro por causa da sua classe devem ter sido os últimos, pois só permitiram que saíssemos pela porta traseira da aeronave...hehehehehehehehe


quarta-feira, 24 de abril de 2013

VIVENDO NO PRESENTE 
O QUE VIVI NO PASSADO
                                               
                        



                            
Hoje inicia-se de novo um não tão velho tempo. Hoje é o primeiro dia da greve dos professores da rede municipal. Há quase dois anos atrás iniciamos uma greve que durou 67 dias. Não vou falar de resultados financeiros que obtivemos, até mesmo porque a essência de uma greve não são os dividendos salariais, mas sim a tomada de consciência do respeito à nossa dignidade. A maior luta nossa continuará sendo pela nossa valorização enquanto EDUCADORES: Verdadeiros formadores de opinião.

Acredito que reeditarei as mesmas postagens  sobre o nosso movimento de greve na administração anterior, bastando mudar o nome do protagonista, pois a saga será a mesma: Eles não sabem quantos e quais funcionários estão lotados na secretaria municipal de educação; não saberão quanto é repassado pelo FUNDEB e nem o que pode ser pago com tal verba; tentarão mudar a lei 920/89 a todo o custo e, por aí vai ...

Não sabemos quanto tempo durará esta greve, mas uma coisa é certa: Não cometeremos os mesmos erros do passado, pois as manobras políticas são quase as mesmas; portanto, estamos vacinados ...  

segunda-feira, 22 de abril de 2013

EDUCAÇÃO EM GREVE 

O Bilhetinho nº 2 (a la Jânio Quadros, como bem expressou o Carlão!) do Teófilo Torres enviado aos servidores públicos, datado de 19 de Abril, só serviu para que, nós, servidores, definitivamente, acreditássemos que o prefeito acha que somos bobos ou então, que ele está mais mal assessorado do que parece. Isto leva-me a algumas considerações e questionamentos:

1°) Eu não consigo entender como se paga uma dívida de 11 milhões de reais ( que estavam sobrando?), baseando-se numa arrecadação de apenas 2 meses e meio do ano em exercício de um mandato e, principalmente, quando se sabia que precisaria reajustar os salários dos servidores ("JUSTO E MERECIDO"), uma vez que a inflação foi de 6,4%.

2º) O bilhete em questão continua não esclarecendo onde foram parar os reajustes da verba do FUNDEB ( 18% em Janeiro, 12% em Fevereiro e Março), dos quais o governo federal MANDA PAGAR 7,97% aos professores, a partir de janeiro/2013.

3º) Como uma administração pública reajusta as tarifas públicas, quando oferece 0% de reajuste aos seus servidores se os mesmos são também contribuintes e ainda não "arrecadaram" mais que no ano passado?

4º) Desde quando vale transporte e vale alimentação  fazem parte da folha de pagamento, incidindo no limite prudencial da mesma? 

Diante de mais uma tentativa de enganar o servidor, acaba de ser deflagrada uma GREVE NA EDUCAÇÃO. Os demais servidores, farão em seus setores pequenas paradas em sinal de protesto (operação tartaruga).



sábado, 20 de abril de 2013

A PRIMEIRA IMPRESSÃO É A QUE FICA



Quase caí para trás ao ler a reportagem do ANOTÍCIA de sexta feira, 19/04, relacionada ao "café do Prefeito com a imprensa", parte da qual transcrevo abaixo para uma reflexão: 
"Outro assunto polêmico abordado durante o encontro foi com relação à candidatura do irmão do prefeito, Tito Torres, a deputado nas próximas eleições. Teófilo foi questionado se seu desempenho no governo poderia refletir de alguma forma na eleição de Tito. “No momento estou preocupado com a Administração da cidade. Mas garanto que até as eleições já teremos muitos avanços que poderão refletir de maneira positiva nas eleições”, respondeu. “Ainda esse ano já teremos muitos projetos concluídos”, garantiu. "

Às vésperas da eleição do ano passado, muitas pessoas questionavam quem era "aquele tal de Teófilo Torres" e as pessoas o identificavam como filho do Mauri Torres, ex-deputado. A única coisa que pesava era o fato de o mesmo ser advogado e sem experiência, como o seu antecessor.

Com quase quatro meses de mandato, Teófilo ainda não conseguiu convencer o povo de que ele "resolve". Pelo contrário, a sua administração está sendo tão desastrosa quanto à do anterior. A diferença é que estamos vacinados e não há como esperarmos mais de 2 anos para acreditarmos que as coisas mudam.

Por outro lado, há aquele ditado "O POVO ESQUECE FACILMENTE", que de tão popular não vingará mais. O povo já está cansado de ser passado para trás. Sendo assim, esse " já teremos muitos avanços que poderão refletir de maneira positiva nas eleições" não será o suficiente para atrair votos  para se aumentar o clã dos Torres em nossa cidade. 

Portanto, eu diria que a estratégia do "bom mocinho" que paga as dívidas de outro administrador, deixando a cidade suja, com um surto de dengue mascarado e às custas do prejuízo salarial de 2.000 servidores, o que o levará a uma queda de braço com a justiça trabalhista, não é lá um bom começo de administração.

Talvez, se o prefeito administrasse a nossa cidade embasado naquele também antigo ditado "A primeira impressão é a que fica", poder-se-ia acreditar, a priori, que o seu desempenho   poderia refletir positivamente na eleição do irmão à Assembléia Legislativa. De forma que se o Tito depender do Teófilo, que por sua vez está dependendo do pai... para angariar votos, vai tá fu...

Quem é esse tal de Tito, mesmo?...

quinta-feira, 18 de abril de 2013

CHOQUE DE GESTÃO


Desde que o prefeito Teófilo Torres assumiu a prefeitura de Monlevade, a palavra de ordem foi "Choque de Gestão". À primeira vista, todo o mundo bateu palmas para ele. Afinal de contas, o que mais se comentava desde meados do ano passado, era que o futuro prefeito, diante de tanta dívida que encontraria, não poderia fazer nada durante o seu primeiro ano de governo: só pagaria as dívidas. 

E não é que o "SUPERTÉO" resolveu levar isso a sério? Começou o ano procurando pagar os salários atrasados dos servidores. Claro que ele não estaria fazendo mais do que sua obrigação. Afinal de contas quem trabalhou tem que receber. E como foi difícil! Não foi? Que nada ... foram se passando um mês, dois meses, três meses e ele foi fazendo a caixinha. Enquanto isso, os estudantes universitários ficavam sem transporte, os bebês a ver navios, o povo ficava sem água, o mato crescia, os buracos nas ruas aumentavam, a dengue proliferava, nada funcionava bem, dando-se a impressão de que o prefeito ainda não havia assumido ... mas os contratos de comissionados também cresciam... 

De repente, veio o período das negociações salariais, ao que o mesmo deixou bem claro que não tinha condições de reajustar os salários por causa da situação financeira da prefeitura e da Lei de Responsabilidade Fiscal. E mais que de repente, a caixinha encheu e o pagamento de uma dívida vazou: 11 milhões caíram nas mãos dele, como se tivessem saído do nada. Mais palmas para ele! Que prefeito competente! Ele fez algumas "economias" e pagou sei lá quantos por cento da dívida ( Se nem ele e nem a sua assessoria sabem até hoje quanto devem, por que eu deveria saber?).

O mais interessante é que até agora, o prefeito não informou como conseguiu pagar tal dívida. Acredito que se passarem um pente fino no FUNDEB, pode se chegar a uma parte do veio de ouro da dívida, uma vez que é bastante comum o desvio de verbas entre secretarias, em algumas administrações públicas. 

Só sei que há uma dívida que ainda não foi paga: o reajuste salarial dos servidores públicos municipais. E como salário não é dívida, é obrigação, será difícil saber como o prefeito vai "resolver" esta situação. Há quem diga até que ele está pensando em fazer "outro empréstimo" aos servidores públicos: o seu anuênio. Pelo visto, os servidores deverão até ajudar neste famigerado choque de gestão: Fazendo Greve. Já pensaram o quanto de água, energia elétrica, merenda escolar, materiais de consumo em geral, dentre outros, não seriam economizados?




quarta-feira, 17 de abril de 2013

QUEM ESTÁ FALANDO A VERDADE?





Agora, há pouco, li no blog OPOPULAR sobre um café com a imprensa Monlevadense, onde o prefeito Teófilo Torres, o filho do ex-deputado Mauri Torres (que agora está com um outro emprego "meia boca" no Tribunal de Contas, em Belo Horizonte e que é também dono da Rádio Cultura), disse o que passo a transcrever abaixo: Sobre a negociação salarial com os servidores públicos municipal, Teófilo afirmou que em nenhum momento, nem ele e nem a comissão de negociação da Prefeitura propôs retirar conquistas dos servidores. Segundo ele o sindicato está mentindo para os servidores. “As negociações salariais nunca pararam. A única coisa que colocamos para o Sindicato, que não dá para atender, é a questão sobre o reajuste salarial, por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal. Já tentamos diversas vezes achar uma solução, mas ainda não conseguimos. Quero deixar claro que estamos buscando soluções para o possível reajuste, mas que nesse momento não é possível aumentar os salários do funcionalismo”, disse o prefeito.

Este mesmo prefeito disse a mesma coisa e outras coisas mais na rádio de seu pai, na hora do almoço, como por exemplo, que já paga o piso salarial para os professores e que o SINTRAMON mentiu para os servidores, quando disse-lhes que eles estão querendo acabar com direitos adquiridos da categoria.

Muita estranheza me causa em ver que o prefeito só resolveu dizer isso, agora, ao saber que estamos em "ESTADO DE GREVE". Desde a primeira assembléia nós fomos comunicados sobre tudo isso e tudo foi divulgado pela mídia ... Por que só agora é que ele vem a público chamar o SINTRAMON de mentiroso? Mais uma vez experimentaremos o mesmo "joguinho", aquele próprio de advogados-prefeitos: aquela mentira tipo, "SE COLAR, COLOU..."

E mais uma vez, dirijo-me à imprensa monlevadense, a essa mesma imprensa que foi tomar café com o prefeito e que começará a divulgar as falácias do executivo: SEJAM IMPARCIAIS E PROCUREM AVERIGUAR COM O SINTRAMON SE PROCEDEM ESTAS MENTIRAS QUE VOCÊS ESTARÃO DIVULGANDO, EVITANDO-SE ASSIM QUE O PREFEITO JOGUE A POPULAÇÃO CONTRA OS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS, PARA DISFARÇAR A SUA INCOMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA.

Para terminar, é preciso que a imprensa entenda que até agora não estamos pedindo aumento de salário. Estamos, sim, pedindo que nos paguem pelo menos o que o governo reajustou e mandou dinheiro para nos pagar: o reajuste do salário mínimo e o do piso nacional de salários dos professores. Aquele dinheiro que ele usou, INDEVIDAMENTE, para pagar dívidas que não foram contraídas por nós, SERVIDORES PÚBLICOS.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

ESTADO DE GREVE


Pelo visto, aquela "paralisação de advertência" dos servidores públicos municipais, ocorrida em 03/04, não mexeu nem um pouco com a administração de nossa prefeitura. Pelo contrário, somente serviu para que o prefeito, numa manobra "sacana", ganhasse mais tempo, desviando a atenção dos servidores para uma suposta ameaça da retirada de nossos anuênios, a partir de uma "brecha" na lei orgânica municipal.

Paralelamente a isso, constatamos que houve um reajuste de aproximadamente 9% no IPTU. Como aceitar 0% de reajuste salarial se somos também contribuintes? Junte-se a isso o fato de a administração municipal ter usado 11 milhões para pagamento de uma dívida, que poderia ser paga mais adiante. Tudo isso só serviu para exaltar ainda mais os ânimos dos servidores.

Portanto, hoje, em assembleia, foi decretado "estado de greve". Se até sexta-feira não houver nenhum avanço por parte da administração, será decretada a GREVE, uma tragédia que vem sendo anunciada desde o princípio das negociações, uma vez que em nenhum momento o executivo fez uma contra-proposta de reajuste salarial, mesmo depois de a categoria ter feito uma contra-proposta de 5% em março e mais 5% em julho.

Mas até agora há uma pergunta que não quer calar: Por que um prefeito, há 3 meses no poder, sabendo que o governo federal reajustou o salário mínimo nacional e o piso nacional do magistério, prefere pagar uma dívida em vez de reajustar os salários dos servidores? 

terça-feira, 9 de abril de 2013


ÊPA! ... BATERAM A MINHA CARTEIRA!



O jornal A NOTÍCIA de hoje, terça-feira, traz estampada em sua primeira página a confirmação de que a prefeitura saldou uma dívida da gestão anterior de 11 milhões, o que só vem nos mostrar que a atual administração não tem nenhum compromisso com o servidor público. Nesta mesma edição o executivo diz que se reajustar os salários dos funcionários em 6%, o gasto com pessoal chega aos 53,16%, perto do que a constituição permite. Além destas notícias, a administração desmente, através do jornal, as redes sociais sobre aluguel de imóvel para secretaria municipal de educação e sobre mudanças no critério de nomeação de diretores das escolas municipais.

Eu sou leitor assíduo e assinante deste semanário e, confesso que de uns tempos para cá, tenho procurado neste jornal uma explicação da administração atual sobre o reajuste do FUNDEB e não tenho encontrado; já que até hoje a administração atual não se manifestou sobre o mesmo nem para nós, educadores, nem para o sindicato que nos representa. Por que será, hein?

Agora começo a ter as respostas: Eles se fizeram de desentendidos e preferiram "abafar o caso" enquanto faziam a caixinha. Na minha matemática, é assim: 11 milhões representam aproximadamente 7% da receita anual estimada, ou seja, mais ou menos o reajuste do salário mínimo e o reajuste do piso nacional do magistério. Se o prefeito pôde pagar tal dívida (que não foi contraída em sua administração e nem pelos servidores) é sinal que teoricamente ele poderia reajustar os nossos salários em até 13% (6% acima + 7% da receita usada para pagar tal dívida) mesmo correndo o risco de se aproximar dos 54% que permite a constituição; risco corrido por outros prefeitos que o antecederam.

Desta forma, o meu sentimento neste momento é de revolta e de indignação. Eu e os demais servidores estamos "emprestando" os nossos reajustes para a prefeitura, sem juros, sem multas e sem correção monetária e, porque não dizer: ESTAMOS SENDO ROUBADOS!

O SINTRAMON encaminhou uma contra-proposta de 5% agora e mais 5% a partir de julho. A administração ainda não nos deu nenhuma resposta ... Já que muita coisa vazou, será que o dinheiro agora vai aparecer? Se não aparecer, toda indignação e revolta, que, com certeza, não são só minhas, se transformarão em uma GREVE GERAL na prefeitura. 

E não vai adiantar ninguém dizer que se arrependeu de ter votado no homem, por que ele já tem até uma resposta na ponta da língua para muitos de nós: "Vocês não votaram em mim. Vocês votaram no meu pai..."

segunda-feira, 8 de abril de 2013

ALERTA GERAL!


O Governo do Anastasia, em desrespeito à lei federal 11.738/2008, que dispõe sobre o piso salarial nacional do magistério,conseguiu de forma arbitrária criar o tal "subsídio"; o que culminou na incorporação do anuênio, quinquênio, extra-classe e outras vantagens ao salário do professor, nivelando-o (para baixo!).

O Governo Municipal, pelo que se vê e por ser uma espécie de filial do Estado, prenuncia um estraçalho semelhante com o nosso plano de carreira (lei 920/89).

Depois de copiar medidas administrativas do Estado e fazer de conta que não conhece a citada lei federal,  desconhece o reajuste do FUNDEB, negando-se a reajustar nossos salários. O Próximo passo será "derrubar" a lei 920/89, através de um projeto de lei (tipo aquele de 2011) que, com certeza, será aprovado pela maioria dos edis monlevadenses, uma vez que dos 10 vereadores, pressupostamente, somente dois não foram convidados para o "banquete dos convivas".

Como se sabe que em certas instituições, folha de papel aceita tudo, não creio que se possa confiar naquelas assinaturas de apoio aos servidores; até mesmo porque muitos dirão que assinaram com "RESSALVAS", haja visto a dificuldade que se viu para alguns "mostrarem a cara".

Então, há que se ficar vigilante para que não deixemos que aconteça a ESTATIZAÇÃO da educação municipal. Não podemos deixar que nos tirem as nossas conquistas, pois elas são DIREITOS ADQUIRIDOS. 

ISTO TAMBÉM É DA SUA CONTA, PROFESSOR!



sexta-feira, 5 de abril de 2013

100 DIAS SEM GOVERNO



Nestes 37 anos de servidor público, nunca vi tanta enganação, intransigência, falta de diálogo e transparência numa administração municipal como nos últimos 5 anos. Imaginem que o atual administrador  já aprontou em menos de 100 dias de (des) governo, o que o seu antecessor levou 2 anos para aprontar ou pelo menos para despertar a nossa consciência crítica para aquele descalabro de governo.

Em seu plano de governo a palavra de ordem "diálogo e transparência" virou autoritarismo e enganação. No material de campanha, a máxima "ESSE RESOLVE", voltou-se contra ele, uma vez que não resolveu nada do que prometeu. Pelo contrário, RESOLVEU:

- Desvalorizar os professores, desconhecendo a lei 920/89, tentando dar o "cano" no professorado, negando a pagar-lhes nem o mínimo que a lei federal manda: 7,97% dos mais de 15% que o governo federal deu de reajuste no FUNDEB;
- Descumprir o acordo coletivo de trabalho dos servidores;
- Atrasar pagamentos de salários, férias e abono salarial dos funcionários públicos;
- Deixar a cidade suja, com buracos e mato;
- Querer reajustar em 0% o salário do servidor alegando Lei de Responsabilidade Fiscal, enquanto incha a máquina com os comissionados; paga R$ 50.000,00 de aluguel por mês para dar maior status a uma secretaria; contrata consultoria administrativa e contábil para fazer os serviços que são de competência técnica de seus "assessores políticos" bem pagos, diga-se de passagem.

Para complicar ainda mais, é sabido que a administração quitou uma dívida de mais de R$ 11 milhões de reais das administrações anteriores. Neste caso, ela prejudica mais de 2.000 servidores, arrochando ainda mais seus salários, pagando uma dívida que não foi contraída pelos servidores. E aí vem falar de Lei de Responsabilidade Fiscal? Infelizmente, a administração está de brincadeira conosco.

Desta forma, torna-se mais difícil ainda compreender a situação financeira(?) da prefeitura. O Estopim já está bem próximo da bomba.



quinta-feira, 4 de abril de 2013

VOCÊ NÃO É O MEU PATRÃO!




Uma das situações de servidão mais intrigantes é a do Servidor Público, ou seja, de todo aquele que mantem vínculos de trabalho com entidades governamentais, integrado em cargos ou emprego das entidades político-administrativas, através de concurso público. Este, por sua vez é comandado por uma pessoa denominada POLÍTICO, que é detentor de um mandato público, através de uma eleição, por um tempo determinado.

Intrigante, porque além de servir ao povo tem que servir àquele que diz ser seu novo patrão e mais aquele monte de assessores, denominados agentes políticos, vulgo aspones-pau-mandados-puxadores-de-saco, em sua maioria, que são colocados ali apenas porque foram cabos eleitorais e não sacam nada daquilo que os colocaram para fazer.

O sofrimento do servidor público se intensifica mais ainda, quando, em épocas de acordos coletivos, são pressionados por estes pseudos-chefes a não comparecerem às assembleias do sindicato. Aqueles que os enfrentam e lá comparecem, têm o desprazer de deparar com a presença desprezível deles que só aparecem para tumultuar a reunião. Ainda não os vimos nas assembleias, por enquanto. Mas não demorarão a aparecer, porque estes sim, tem patrão. E se não agem conforme a cartilha, rua ...

O que mais se vê são estes "estranhos no ninho", que aparecem de quatro em quatro anos para mandar, para mudar o que não pode e nem deve ser mudado para atender às suas vaidades, visando a sua perpetuação no poder, em vez de trabalhar para o bem estar do povo, seus verdadeiros patrões.

Portanto, a você que acabou de chegar, meu superior na hierarquia funcional, entenda definitivamente, que você é um servidor semelhante a mim: empregado do povo! Você não é o meu patrão! 


terça-feira, 2 de abril de 2013

DIREITOS NÃO SE NEGOCIAM


Depois de várias tentativas de negociação junto à administração municipal, o estopim de uma  possível deflagração de greve acaba de ser aceso. É que a prefeitura além de nos oferecer 0% de reajuste salarial, sinaliza a retirada de ganhos obtidos em acordos coletivos anteriores; ganhos estes que serviram como moeda de troca para as administrações anteriores não reajustarem nossos salários como deviam.

Diante de tudo isso a nossa indignação aumenta gradativamente, uma vez que não se pode conceber, nem tampouco aceitar a negociação de direitos. Como é que o Prefeito pode pensar que aceitaremos participar dessa negociata, regada a severas ameaças, por exemplo, de alterar a lei 920/89 "no peito e na marra", procurando privilegiar os seus cupinchas, nomeando-os diretores das escolas públicas municipais.

Talvez esteja passando da hora de alguém avisar ao senhor prefeito que o tempo dos "coronéis" já se passaram e que não aceitaremos nenhuma intransigência e, muito menos, que nos atropelem novamente. Sendo assim, não abriremos mão de nossos direitos; pelo contrário, queremos ampliá-los.

O governo municipal afirma desconhecer a média de reajuste de 15,71%,  do FUNDEB nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, mas não mostra para o SINTRAMON documentos que provem o contrário. Desta forma, continuamos lidando com um governo que não é transparente e joga sujo com o trabalhador... E sem essa de "Volta, Prandini", porque continuamos com aquela máxima de "Prandini, nunca mais!" ... e pelo jeito, vamos ampliar para "Teófilo,também!"

Portanto, esta paralisação por um dia é só o começo, uma advertência. E quem sabe, uma oportunidade para nos apresentarmos ao Prefeito e seus assessores, já que até agora não se dignaram em se apresentar para nós...