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domingo, 31 de março de 2013


5 NOTÍCIAS BOMBÁSTICAS



Neste dia,  não se pode deixar os meus leitores bem informados, com notícias de primeira mão:

- Diante do congelamento, por tempo indeterminado, do preço do álcool combustível e a conseqüente alta do preço da gasolina, sairá mais barato usar o álcool em nossos carros.

- O governo federal determinou que a partir de amanhã o investimento em educação em nosso país passará de 25% para 40%, sendo assim a prefeitura poderá pagar o que deve aos professores, em atendimento à lei federal  11.738/2008.

-  O Congresso Nacional será fechado, diante de tantas falcatruas descobertas. O Supremo está se mobilizando também para incluir neste pacote, o poder executivo. Novas eleições serão conclamadas.

- Menores e adultos infratores terão um único tratamento: cadeia e trabalho  remunerado para pagar a sua hospedagem nos presídios e custeio da sobrevivência de seus familiares.

- O (NOVO) Governo Federal custeará todas e quaisquer demandas de tratamento da saúde, com qualidade e eficiência, com custo zero para todo o cidadão.

Ah ... Aqui cabe uma sexta notícia: Hoje é dia 1º de ABRIL!

sábado, 30 de março de 2013


O SOFRIMENTO HUMANO É CASTIGO DE DEUS?

O Evangelho de Lucas 13,1-9 nos conta que Jesus estava em viagem com os discípulos em direção à Jerusalém, e estava falando com eles, quando trouxeram a notícia impressionante e dramática: Pôncio Pilatos, o procurador romano, homem de caráter inflexível, impiedoso e arrogante, fez  trucidar alguns hebreus que subiram da Galiléia a Jerusalém com a intenção de oferecer a Deus um sacrifício no Templo. Assim Pilatos tinha misturado o seu sangue com o sangue dos animais imolados.
Jesus escuta aqueles comentários, depois intervém com uma pergunta: “Pensais que aqueles galileus fossem os mais pecadores de todos os galileus para ter sofrido tal sorte? Eu vos digo que não! Mas se vós não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo. E aqueles dezoito que morreram quando a torre de Siloé caiu sobre eles? Pensais que eram mais culpados do que todos os outros moradores de Jerusalém? Eu vos digo que não! Mas, se não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo”.
Digamos a verdade: também hoje, diante de certas desgraças, tem ainda alguém que pensa assim. Jesus tem a resposta clara: Eu vos digo que não!
Sob aquele modo de pensar se esconde uma idéia errada de Deus: como se Deus estivesse  com o fuzil pronto a punir os que erram. Se assim fosse, deveria também estar pronto a remediar os desvios dos bons, pelo fato de serem bons. A desgraça não é um castigo. Nem podemos pretender que pelo fato de sermos bons, que Deus remedia as nossas confusões.
Jesus acrescenta a parábola da figueira estéril e nos diz que depois de três anos de ausência de frutos, o dono decide cortá-la. Ora aquela planta somos nós, homens livres e muitas vezes pecadores. Devemos produzir fruto, mas tantas vezes não o fazemos. Deus não nos destrói, mas sabe esperar. Espera com a paciência do agricultor. Poda, cava em torno da planta, coloca adubo. Deus não é vingador, mas paciente, como o definiu Moisés: “Lento na ira e grande no amor”.
A meditação sobre os fatos da vida deveria nos levar à conversão do coração. “Se não vos converterdes, perecereis” - diz Jesus. O acontecimento e a desgraça não devem nos levar a fazer julgamentos negativos por conta dos outros: “São pecadores e Deus os puniu”. Mas deve nos fazer entrar em nós mesmos, examinar-nos. Aí está a conversão, assim chegaremos a compreender. Devemos interiorizar o sentido de nossas vicissitudes e tirarmos sabedoria para a vida. Os acontecimentos são nossos mestres interiores.
Jesus é drástico: Se assim não fizermos, “perecereis todos”. Palavras fortes. Não é uma ameaça, é uma constatação. Jesus não se refere à morte física, pois todos nós morremos, mas ele se refere à morte do espírito, à morte eterna. Onde não existe conversão, não existe sabedoria do coração. Verifica-se então a escolha errada, a vitória do egoísmo. O pecado é recusa de Deus. Vós “perecereis todos”. Jesus indica que as pessoas humanas se excluem por si sós da salvação, com as suas escolhas erradas de vida.
A isso Jesus queria conduzir os seus ouvintes: a reflexão sobre as desgraças, sobre a morte física, deve fazer sábio o homem, conduzi-lo à conversão do coração, levá-lo a tomar em consideração a morte eterna.
Assim o convite do Senhor é para passar do plano da realidade terrestre àquele dos valores espirituais. Passar diariamente da crônica policial, da delinqüência dos corruptores e corruptos, a conclusões sobre o destino eterno do homem. Passar do ponto puramente humano e terreno ao plano dos valores imperecíveis, à necessidade de ancorar-nos à existência de Deus.
Seria bom procurar na crônica diária se os homens se tornam mais reflexivos, mais sábios, se começam a querer-se mais bem, se há menos egoísmo,  se há mais generosidade, mais amor fraterno. Independente desta resposta, ainda assim, é ELE quem os julgará. Mas, de qualquer forma, sempre é tempo de refletirmos sobre a Crônica diária da nossa vida...

quinta-feira, 28 de março de 2013


O QUE É POLÍTICA?




Não é fácil discutir a questão da política nos dias de hoje. Estamos carregados de desconfianças em relação aos homens do poder. Porém, o homem é um ser essencialmente político. Todas as nossas ações são políticas e motivadas por decisões ideológicas. Tudo que fazemos na vida tem conseqüências e somos responsáveis por nossas ações. A omissão, em qualquer aspecto da vida, significa deixar que os outros decidam por nós.

Nossa ação política está presente em todos os momentos da vida, seja nos aspecto privado ou público. Vivemos com a família, relacionamos com as pessoas no bairro, na escola, somos parte integrante da cidade, pertencemos a um Estado e País, influímos em tudo o que acontece em nossa volta. Podemos participar da associação do nosso bairro ou fazer parte de uma pastoral ou trabalhar como voluntário em uma causa em que acreditamos. Podemos votar em um político corrupto ou votar num bom político.

Não podemos confundir  política com o ato de votar. Fazemos política quando tomamos atitudes em nosso trabalho, quando estamos conversando em uma mesa de bar ou quando estamos bebendo uma cervejinha após uma "pelada". Estamos fazendo política quando exigimos nossos direitos de consumidor, quando nos indignamos ao vermos nossas crianças fora das escolas sendo massacradas nas ruas ou nas "Febens" da vida. Conhecemos o Estatuto da Criança e do Adolescente? ou o Código do Consumidor? a nossa Constituição? E o que dizer das leis de trânsito que estamos a todo  o momento desrespeitando?

A política está presente no nosso dia a dia: na luta das mulheres contra uma sociedade machista que discrimina e age com violência; na luta dos portadores de necessidade especiais para pertencerem de fato à sociedade; na luta dos negros discriminados pela nossa "cordialidade"; dos homossexuais igualmente discriminados e desrespeitados; dos índios massacrados e exterminados nos 500 anos de nossa história; dos jovens que chegam ao mercado de trabalho saturado; dos milhares de desempregados; na luta de milhões de trabalhadores sem terra num país de latifúndios; enfim, na luta de todas as minorias por uma sociedade inclusiva. Atitudes e omissões fazem parte de nossa ação política perante a vida.

Somos responsáveis politicamente (no sentido grego da palavra): pela organização e regularização do convívio dos diferentes e não dos iguaisEnfim, somos responsáveis pela luta por uma sociedade mais justa, verdadeiramente democrática e para todos. 

terça-feira, 26 de março de 2013



VIA-SACRA DO EDUCADOR



O trabalhador  se vê à mercê de um sistema econômico chamado capitalismo. Esse sistema impõe ao homem a escravidão e a dependência total do dinheiro. Muitos para consegui-lo abrem mão do conforto modesto de sua casa, do carinho dos filhos e esposa para encarar uma jornada dolorosa. Justamente nesse grupo encontram-se os educadores, que não desistem do que fazem, até mesmo porque o magistério também é uma vocação, um dom. Por outro lado, como vítimas deste capitalismo selvagem precisam lutar por melhores salários, uma vez que os mesmos necessitam de sobreviver também.  E assim, desvalorizados pelo sistema e pela sociedade, muitos acabam encontrando dor e sofrimento na sua via crucis:


1ª Estação: Eu fui condenado por ter escolhido o exercício do magistério, quando a mesma era uma das profissões mais dignas e respeitadas por toda a sociedade, embora não me valorizasse financeiramente.
2ª Estação: Eu recebi com amor a minha “cruz”:  alunos indisciplinados e de famílias desestruturadas , baixos salários  ... Enquanto muitos pais já abandonaram a sua cruz, eu a abraço e a assumo com amor, porque essa é a minha missão.
3ª Estação: Por mais que eu me dedicasse àquela cruz, o seu peso fez com que eu caísse, porque o que pesava, na realidade, era a minha preocupação com o aprendizado de meus alunos. Entretanto, encontrei forças para me levantar.
4ª Estação: Encontrei com a minha mãe e seu olhar de amor foi um conforto para mim. Ela me viu também como uma “mãe”, porque muitas vezes ela teve que me entregar nas mãos dos meus professores ... e confiar.
5ª Estação: Na minha caminhada, encontrei um sindicato que me ajudou a carregar a minha cruz ... Ele não podia carregá-la por mim, mas me deu apoio  sofreu comigo...
6ª Estação: Os bons alunos enxugaram as minhas lágrimas. Eles compreenderam todo o meu sofrimento e estiveram do meu lado o tempo todo, identificando-se  comigo.Tornamo-nos grandes amigos.
7ª Estação: Eu caí novamente. Meu sofrimento foi ainda maior porque simboliza as faltas de reajustes e de aumentos salariais. Mas eu me levantei novamente, porque entendia que, apesar de toda a minha fraqueza, eu precisava continuar a minha caminhada.
8ª Estação: Encontrei com as bondosas mães de meus alunos que se compadeceram de mim, querendo amenizar o meu sofrimento. Então eu disse-lhes: “ Não chores por mim. Chorem por vocês mesmas e sobre os seus filhos”.
9ª Estação: Exausto, eu caí pela terceira vez. Já estava quase sem forças e o meu “patrão” se aproveitou desta minha situação. Mesmo sabendo que as leis foram alteradas numa tentativa de me valorizar, decidiu por desconheceram-nas e me deu as costas.
10ª Estação: Como  o meu patrão não quer me dar mais nada, vem tentando  retirar todos os meus direitos e vantagens conquistadas ao longo dos anos ... Mas não conseguirão, enquanto a minha honra e a minha dignidade se fizerem presentes na minha luta do dia a dia.

... Por quanto tempo mais teremos que agüentar tanto sofrimento e tanto descaso dos governantes, desde a esfera federal até a municipal, e sua conivência com todas  essas práticas imorais para com os educadores de nosso país?

... Enfim, não posso dar continuidade à escrita desta triste página da minha história, porque  nenhum sofrimento se iguala ao Daquele que foi crucificado, morreu, foi sepultado, subiu aos céus e ressurgiu dos mortos. Mas, uma coisa é certa: Todos nós seremos julgados por Ele, inclusive vocês, senhores governantes.

segunda-feira, 25 de março de 2013


VIA –SACRA DE HOJE

Desde a primeira Semana Santa, até hoje, nada se modificou. Na paixão de Cristo ficou mais longo o caminho da condenação até o sepulcro. Transformaram-se suas vestes, aumentou o número de personagens: os Herodes, os Pilatos, os Judas, enfim, os covardes e traidores. No entanto, o Cristo vivo continua a morrer por nós sob nossos olhos.


A Semana Santa é a grande semana que marca o tempo da grande vontade de Deus, que é a nossa libertação. Não é uma semana que simplesmente aconteceu. A Via-sacra de Jesus não se resume a um fato do passado. Ela continua acontecendo porque o homem vai carregando a quaresma da vida, embora numa dimensão de Ressurreição, e Deus continua desejando numa dimensão de amor, salvar o homem.


















O caminho doloroso da cruz passa por nossas cidades, cruza as rodovias, corta os nossos bairros, atravessa nossos hospitais, nossas fábricas, nossas escolas. Passa pelos caminhos da miséria e do sofrimento sob todas as formas.




Ela cruza os campos de batalha.

O caminho doloroso da cruz também se faz presente no caminhar de milhares de crianças desnutridas; adolescentes, jovens e velhos discriminados e abandonados a toda a sorte pelo sistema social excludente mas, mesmo assim, ainda acreditam no homem, na possibilidade de algum dia, a sociedade erguer os olhos e enxergá-los como seres humanos e dar-lhes carinho, apoio e conforto pra que assim possam, realmente, viver a experiência da fraternidade.















A Via-Sacra revela o amor de Deus por nós. É o anúncio da salvação, um convite à conversão. E a nossa resposta a esse convite pode ser um louvor, um agradecimento a Deus pelo que Ele fez por cada um de nós, em Cristo. A melhor resposta é o acolhimento deste mistério com muita fé e amor, vivendo-o em nosso dia a dia e buscando a mudança de nossa vida. 



sexta-feira, 22 de março de 2013


DIREITO  É DIREITO!
A verdadeira cidadania se realiza na vida concreta, cotidiana, na dinâmica das relações sociais. Para ser possível que diferentes grupos vivam (e convivam), o homem tem lutado por condições justas e dignas de convivência e, por que não dizer, de sobrevivência. A partir dessas lutas e de conflitos sociais, vêm estabelecendo coletivamente essas condições na forma de direitos. Essas conquistas têm sido expressas, no nosso caso, através do nosso ESTATUTO DO MAGISTÉRIO (lei 920/89) e acordos coletivos de trabalho. 

Atualmente, estamos lidando, novamente, com um patrão que quer, a todo custo, tirar de nós direitos conquistados, sob a alegação de “choque de gestão”, quando na realidade queremos e necessitamos da ampliação desses direitos.

Para conseguir tal intento, faz de conta desconhecer o nosso amparo na lei federal 11.738/2008, que dispõe sobre o PISO NACIONAL DE SALÁRIOS DO MAGISTÉRIO e reajustes do piso todo mês de janeiro, dentre outras vantagens como, por exemplo, a destinação de 1/3 de nossa carga horária semanal  para planejamentos.

Depois de duas rodadas de negociação, esse mesmo patrão e seus assessores, alegam desconhecerem o reajuste da verba do FUNDEB, acumulada em 15,71%, nos meses de Janeiro e fevereiro deste ano (vide quadro abaixo) e voltam a “propor” 0% de reajuste salarial.


Recentemente, um grupo de diretores das escolas públicas municipais se reuniu com assessores do prefeito para reclamar descaso com as escolas. Sabemos que tal encontro não foi tão amistoso, conforme divulgado pela mídia. Diante de tal “receptividade” e considerações truculentas, já se pode imaginar o que vem aí pela frente por causa da falta de diálogo e transparência da atual administração.

O nosso conceito de cidadania nos leva a não abrir mão das  nossas conquistas e lutaremos pelos nossos direitos. Queremos o reajuste que foi repassado pelo FUNDEB retroativo a janeiro ... Ou então, que a administração prove que não recebeu a tal verba reajustada em 15,71%! 

sábado, 16 de março de 2013




NEGOCIAÇÃO(?) SALARIAL

O SINTRAMON nos apresentou, ontem, em assembléia, os resultados da primeira rodada de negociação (?) junto à prefeitura. É claro que já sabíamos da intenção da administração em não nos oferecer nada de reajuste salarial, o que não aceitamos; mas é ainda mais inadmissível constatar que mais uma vez, outra administração se nega a negociar conosco.

Da parte do magistério, posso afirmar com total convicção que eles estão querendo nos enganar. Como uma administração se nega a reajustar nossos salários, sendo que é público e notório que o governo federal reajustou o piso nacional de salários do magistério em 7,97%, a partir de janeiro deste ano, e a prefeitura já recebeu nestes dois meses do FUNDEB (de onde saem nossos salários), uma média de 15,71% a mais que nos primeiros meses do ano passado, conforme tabela abaixo fornecida pelo MEC? 


Não é preciso ser craque em matemática para entender esta conta, mas é preciso ser bobo o suficiente para aceitar passivamente a "oferta" da atual administração e, com certeza, não somos bobos ... Diante de tudo isso, já que eles não estão sendo transparentes, o que pensar deles? Não vou me atrever a fazer julgamentos precipitados mas, sem precipitar e antecipando nossos desgastes, já posso afirmar que se não houver a possibilidade de um mandado de segurança contra a administração pública, já nos encontramos em ESTADO DE GREVE.

Da parte dos demais servidores e outros itens da pauta de negociação, é bastante questionador a atitude da prefeitura em: 

- Não garantir estabilidade de emprego aos concursados. Pode???? 
- Negar a pagar o abono salarial de R$ 350,00, caso  a receita seja superior a R$150.000.000,00, alegando inconstitucionalidade. Neste caso, não receberemos o abono salarial do ano passado?
- Se negar a oferecer  vale transporte para os contratados e comissionados. Quer dizer que eles não são servidores???
- Limitar o pagamento de horas-extras. Fazer hora extra é uma necessidade da prefeitura ou do servidor?
- Se negar a dar apoio à CIPA e a resolver as questões que implicam na segurança do trabalhador. Isto não seria uma obrigação de toda empresa?
- Não fornecer o vale alimentação àquele que faltar ao serviço sem justificativa legal ou apresentar até 3 dias ou mais de 15 dias consecutivos de atestado médico. Eles querem dizer que quando a gente falta ao serviço não precisa se alimentar?
- Passar de 15 para 06 UFPMJM a multa por infração de qualquer dos artigos deste acordo coletivo e destiná-la para promoção de fundo de capacitação dos servidores. De quem é a obrigação de capacitar os servidores?
- Dentre outros cortes relacionados a diárias de motoristas e fornecimento de refeição a plantonistas ... e por aí vai...

Decididamente, esse pessoal está de brincadeira com a gente ou estão entrando naquela do "se pegar, pegou" ou estão cultivando aquela parábola do bode ou ... sei lá...














quinta-feira, 14 de março de 2013

RESPOSTA AO SENHOR PREFEITO

Senhor Prefeito,

Em resposta ao bilhete que nos foi enviado por V.Exa., através do qual esclarece (?) a situação da atual administração e nos pede para aceitarmos 0% de reajuste salarial em 2013, sinto-me na obrigação de fazer alguns esclarecimentos e questionamentos:

1º) Até a presente data, o senhor nem tampouco a secretária municipal de educação se apresentaram para nós, educadores, portanto desconhecemos os seus projetos para a educação municipal e até mesmo com relação ao nosso plano de carreira. Sendo assim, fica difícil atender tal solicitação, até mesmo porque temos tido também as nossas "grandes dificuldades e desafios para colocar as nossas casas em ordem", há pelo menos 4 anos atrás.

2º) Se vocês estão" trabalhando incansavelmente para nos pagar em dia ", por que nossos salários e nossas férias não nos foram pagas em dia, além de não termos recebido, ainda, o nosso abono salarial e o reajuste no vale-alimentação, que já deveriam ser pagos desde janeiro?

3°) O bilhetinho, em questão, diz "esclarecer a situação da administração", mas não esclarece nada ... Não esclarece a "real" dívida da prefeitura ... Não esclarece sobre a lei 920/89, no quesito que nos interessa ...Não esclarece sobre o 1/3 de hora-atividade, estabelecida pela lei federal 11.738 ...Não esclarece que o governo federal reajustou o piso do magistério em 7,97% a partir de janeiro deste ano... e enfim, pelo que se sabe, não há nenhuma dívida da administração passada relacionada à educação.

4º) Uma vez que nossos salários são pagos pelo FUNDEB e como sabemos que o repasse do FUNDEB "Em 2012, foram R$ 102,6 bilhões e a estimativa para 2013 é de R$ 116,8 bilhões. Apenas para os municípios, o MEC deve repassar neste ano R$ 63,8 bilhões do Fundeb, valor que representa R$ 8,9 bilhões a mais que o de 2012, quando a União enviou R$ 54,9 bilhões para as prefeituras."(Fonte: Portal Planalto) - como podemos aceitar a ideia de 0% de reajuste se pressupõe que a verba do FUNDEB, em nosso município, também teria sido reajustada em torno de 15%?

De acordo com o exposto acima, senhor prefeito, " respeite a força do nosso trabalho, que tem contribuído com o crescimento de nossa cidade", inclusive para a elevação do nosso IDEB, e prove para toda a comunidade monlevadense que a prefeitura está falida ... Aí, pode ter certeza, que "resolveremos" esta questão com bastante bom senso, diálogo e com toda a compreensão que nos é solicitada.

Afonso Alves Ferreira
Servidor Público

terça-feira, 12 de março de 2013



PARÁBOLA DO BODE


"Estava um camponês sofrendo com graves problemas em sua vida quando soube que um grande sábio se aproximava de seu país. Peregrinou por dias e dias até chegar em frente á tenda do sábio e, chegando lá, esperou por mais vários dias até conseguir uma audiência. Quando enfim se sentou em frente ao sábio, explicou a ele seu problema.

- Caro sábio, minha vida é um inferno! Moro num pequeno barraco com minha esposa, meus 6 filhos e minha sogra! As crianças gritam o dia todo, minha mulher vive em pé de guerra comigo, minha sogra é uma pessoa odiosa e tudo que temos para nos sustentar é uma pequena criação de bodes! Minha vida é uma droga! O que eu devo fazer, mestre?
O lendário mestre pensou, refletiu profundamente e respondeu:

- Coloca os bodes pra dentro de casa.
- Mas mestre, colocar os bodes na casa?!
- Faz o que eu digo. Põe os bodes pra dentro da casa.

E assim o homem fez. Uma semana depois ele retorna, sujo, cansado, maltrapilho, totalmente destruído. 

- Mestre! Minha vida está uma desgraça! Os bodes fazem cocô pela casa toda, as crianças ficaram doentes, minha sogra está tentando me matar, minha mulher está ameaçando sair de casa! Tudo que era ruim piorou! Eu vivo num inferno! O que eu devo fazer mestre!
O mestre pensou. Refletiu. Meditou em contemplação durante quase vinte minutos. E então respondeu:
- Bota os bodes prá fora da casa!”

A negociação da prefeitura x SINTRAMON me fez lembrar a parábola acima. É sabido que o nosso patrão já sinalizou a intenção de não nos dar nada de aumento salarial, juntando-se a isso o corte do nosso vale-alimentação, uma das conquistas mantidas até hoje, através do acordo coletivo de trabalho, como uma espécie de “cala boca” para todos nós; uma vez que o mesmo gera menor impacto na folha de pagamento.

Desta forma, é possível que a administração venha nos fazer pensar que o melhor é contentarmos com a manutenção do vale-alimentação e zero de aumento que não ter nada.  Acontece que não permitiremos a retirada de nenhuma vantagem que nos foi dada ao longo desses longos anos de negociações furadas.  O Governo Federal aumentou a verba do FUNDEB em aproximadamente 15%. Portanto, não aceitaremos nenhuma proposta abaixo deste índice, já que nossos salários são pagos com a citada verba. Já estamos cheios da teoria do Bode...

segunda-feira, 11 de março de 2013

LIXÃO DO CENTRO EDUCACIONAL



Já estão pipocando na rede social diversas fotos feitas pelos alunos, denunciando a IMUNDÍCIE que se encontra o pátio do Centro Educacional. Não é para menos, enquanto a escola educa os alunos para não jogarem lixo no chão, a capina da prefeitura vai lá e faz o serviço incompleto, deixando o lixo no pátio da escola; o que já faz pelo menos 3 semanas...

Os alunos estão indignados com a situação com razão! Um ambiente sujo não é lugar propício à aprendizagem. Há um grupo de alunos querendo se mobilizar para ir à prefeitura e/ou à secretaria de educação para cobrar providências...

sexta-feira, 8 de março de 2013



TIRO NO PÉ


Ao longo destes 24 anos da vigência da lei 920/89, que dispõe sobre o ESTATUTO DO MAGISTÉRIO PÚBLICO MUNICIPAL, nunca se viu tantos atropelos numa lei que traz no seu bojo a maior expressão de democracia, participação e valorização dos profissionais da educação municipal. A começar pela alteração do artigo 66, capítulo XVI, das disposições finais e transitórias, tirando o direito de alteração da citada lei somente com a anuência dos educadores e mudando critérios de eleição de diretores (lei 1.195/93).

Das leis 1.121/92 e  1.528/2001, que promoveram alterações na lei 920/89, não se pode questionar, uma vez que as mesmas trouxeram avanços substanciais e correções necessárias à prática da lei.

A administração anterior tentou violentar a lei 920/89, interpretando erroneamente a lei federal 11.738, que estabelecia o piso nacional, sem nenhum sucesso; o que culminou em uma greve do magistério público municipal, seguida de entrada de processo judicial que, sabe-se lá quando vai vingar...

A administração atual reconhece a lei 920/89 de acordo com a sua conveniência e em nome de uma “economia porca”, sob a égide de “ que o comprometimento de cada um dos servidores que fazem parte do quadro da educação de nosso município, continue sendo o diferencial no sucesso do ensino monlevadense.”- introdutório de um manual de informações aos diretores das escolas que foram repassadas aos servidores – reduz carga horária de capacitação/planejamento de professores da EJA, altera a quantidade de coordenadores e gestores educacionais, impede os professores de reduzirem e/ou fracionarem a sua carga horária por incompatibilidade de horário de trabalho, dentre outras orientações e medidas que poderão comprometer a qualidade do trabalho executado pelo professor.

Diante de tais “instruções normativas” radicais, a secretaria de educação já começa a alimentar insatisfações em toda a classe do magistério, premunizando uma espécie de “estatização da educação municipal” a partir da cópia de modelos administrativos da educação pública estadual, o que poderá gerar confrontos nada amigáveis logo no início de uma administração que, a princípio, esperava-se mais diálogo e menos impessoalidade nas relações.

Enfim, seria de bom alvitre, que os mandatários da educação pública municipal, procurassem conhecer melhor a lei 920/89, não mexessem tanto na estrutura administrativa construída e re-construída para o bem da educação e, talvez, até mesmo não buscassem muitas orientações na citada lei, uma vez que o “calcanhar de Aquiles” é o artigo que se refere aos nossos vencimentos, referendado pela lei 1.121/92. Aí, um tiro no próprio pé vai doer muito mais...





sábado, 2 de março de 2013

INTERROGAÇÕES

Hoje acordei com os dedos coçando para produzir um texto. Não um texto qualquer, mas um texto que, ao acabá-lo, não precisasse de nenhuma pincelada a mais e que ao lê-lo, sentisse espasmos de orgulho e felicidade por ter contribuído de alguma forma para que ... Para quê? Então me veio este questionamento, acompanhado daquela terrível "incerteza-preguiçosa-de-procurar-saber" se devo usar "este" ou "esse"; o que não estou afim de saber nesse(?) momento ... e fico p... da vida por causa das famigeradas regras da nossa língua portuguesa que, acaba criando duplos sentidos, atrapalhando a nossa comunicação - o que não é o nosso caso aqui - mas que tais regras complicam, complicam...

Bem, voltando ao princípio do texto, eu queria escrever algo que chamasse a atenção do  leitor feicibuqueiro ou blogueiro, até mesmo porque é para ele que escrevo e - como pertenço a essa(?) classe - sei que somos bastante exigentes quanto ao conteúdo daquilo que lemos... e ninguém vai "curtir" as baboseiras que os outros escrevem ... Entretanto, pensei em abordar a questão da dívida deixada pelo antecessor do Teófilo mas, acho que é preciso saber até quando esta dívida é tão maldita assim, conforme os meios de comunicação estão dizendo. Pensei também em dar um toque na questão da administração da educação em nossa cidade, comparada por um colega de trabalho como "presente de grego"...  mas, prefiro, por enquanto, conhecer as verdadeiras intenções do cavalo tróia, digo, da Helena de Tróia.

Assim sendo, depois de olhar para cima e ver que, pelo que já escrevi até agora, quem está lendo esta(?) postagem já deve estar de saco cheio e perguntando onde eu estou querendo chegar, vou parar por aqui mesmo, mas uma coisa é certa: vou estar inquieto por mais algum tempo até descobrir o porquê das listras em uma zebra...